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Pin ups

Tenho um blog  Visitem 
http://pinupsfrombrasil.blogspot.com/

por Chuck Lefroy
As pin-ups são um inegável legado cultural que os Estados Unidos ofereceram ao mundo. Arte erótica e até mesmo pornográfica sempre existiu mesmo nos primórdios da cultura humana, mas chegou um momento em que ela precisou alcançar o mainstream, sair do fundo da gaveta e ganhar as ruas. E, por conseqüência, render dinheiro. Driblando o preconceito de uma sociedade puritana que decretaria guerra ao nu (por mais artístico que fosse), surgiu a necessidade de se desenhar, ilustrar e pintar através da imitação de fotos. As moças retratadas eram belas meninas comuns em poses triviais, mas que sempre deixavam escapar por acidente uma parte de sua anatomia ou vestimentas íntimas. Por esse material ser produzido em calendários ou pôsteres, adveio o termo “pin-up”, do verbo “pendurar” em inglês, para satisfazer os anseios hormonais de toda uma geração de rapazes.
As ilustrações das mulheres eram muito esmeradas, sendo que diversos artistas de outros ramos aprimoraram suas técnicas produzindo pin-ups. Os traços sofisticados asseguravam que as cenas não ultrapassassem o tênue limite da vulgaridade. A sensualidade deveria ser sempre apenas insinuada e nunca explícita. Assim como no Rock and Roll, que surgia paralelamente como pervertido e sexual, os artistas souberam ter a dose certa de rebeldia aliada à criatividade em cima de algo que a sociedade considerava errado, sujo ou imoral. 

As mulheres também ganharam em termos, pois a beleza desenhada de uma pin-up informava como seria, como se comportaria e como se pareceria a mulher com quem os homens sonhavam. Não que o público feminino fosse o alvo desse tipo de publicação, de conteúdo obviamente voltado para os homens. As pin-ups eram retratadas sob uma ótica machista. Os desenhos mostravam mulheres em situações banais sob pretexto de exibir algo mais de seu corpo. Porém, deu-se também à mulher a chance de perceber que poderia, e como poderia, usar a sexualidade a seu favor. Começava então desenhar seus traços a chamada revolução sexual dos anos 60.
Essa arte é ainda hoje uma maneira de captar o modo de vida de um mundo que não existe mais. Através dele podemos analisar costumes, hábitos, moda, lazer e padrões de beleza de uma época. Muitas modelos ficaram famosas graças a sua popularidade como pin-up. Dos calendários para Hollywood poderia ser questão de tempo. Tal qualquer forma de manifestação artística americana, logo se criou um star system.
De todas as pin-ups, poderíamos destacar a modelo Bettie Page, nascida em Nashville, Tennessee, no sul dos Estados Unidos. Não que ela fosse muito diferente fisicamente das demais: bonita e cheia de curvas. Tinha sua franja curtinha como marca registrada que, aliás, fora sugestão de um dos primeiros fotógrafos com quem trabalhou. Ele acreditava que essa seria a melhor maneira de lhe favorecer o rosto.
Bettie Page conseguiu enxergar além das demais modelos pin-ups da época uma forma de se diferenciar no meio e ficar famosa ao sexualizar de uma maneira, digamos, mais picante o estilo. Deu um pouco mais do que as pessoas normalmente estavam habituadas, posando em trajes sumários e em situações de menor pudor. Essa pitada a mais de sexo garantiu a Bettie Page o sucesso, às páginas da revista Playboy e graças a ela o estilo pin-up ganhou o apelo de cultura pop.
Bettie Page está para o estilo pin-up assim como Elvis Presley está para o Rock and Roll. Ambos possuem o espírito rebelde da juventude branca dos Estados Unidos no pós-Guerra. Os jovens trocavam o piano e o acordeão para os instrumentos usados pelos negros da época como a guitarra ou a bateria. Diziam que somente os mais habilidosos poderiam tocar Rock, e assim surgia o Rockabilly que unia o rock e a habilidade. Elvis também usou a própria sexualidade com seu gingado de quadris na dança para diferenciar-se de muitos outros igualmente talentosos como Buddy Holly, Jerry Lee Lewis ou Bill Halley. As curvilíneas pin-ups é que inspiravam aqueles jovens, unindo as pontas dos maiores ícones da cultura dos anos cinquenta americana, aquela que mudaria o mundo.

Um comentário:

  1. Oieee

    Fiz um blog tbm

    http://www.retrofashiondesign.blogspot.com.br/

    Ve o que acha, ainda to ajeitando as coisas por lá hihi

    Beijos! :*

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